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Suzano otimiza processo de Evaporação em parceria com a ANDRITZ

Conheça essa história de uma das Unidades da Suzano, em São Paulo, que tem gerado economias significativas no processo de Evaporação da planta, usando a tecnologia Metris UX da ANDRITZ para a transformação digital em seus processos.

Ao todo, a Suzano tem 11 unidades industriais em todo o Brasil e cada uma leva o nome da cidade onde está instalada. A Unidade Suzano, localizada na cidade de Suzano(SP), tem um papel marcante globalmente na história da produção de celulose, pois foi nesta planta que se iniciou a produção da polpa a partir da fibra do eucalipto.

Esta mudança revolucionou a indústria, que antes dependia de pinus para a produção da celulose.

Mas esta Unidade não parou de inovar por aí, em 2015 foi a primeira a comercializar a Eucafluff®, uma solução inovadora e sustentável que é aplicada em produtos absorventes de higiene, trazendo mais conforto e bem-estar ao consumidor, graças às características únicas da celulose fluff de eucalipto.

Com uma história de referência em inovação no mercado de papel e celulose, desde o início, a Unidade Suzano está novamente rumo ao futuro, vivendo a Indústria 4.0 ao otimizar seus processos usando a tecnologia Metris UX da ANDRITZ para impactar na qualidade do produto final.

Claudio Nunes Aguiar, Gerente Executivo da Celulose, explica como isso tem acontecido na planta de Suzano “Nos últimos tempos, em função de maior exigência dos nossos clientes internos, temos implementado projetos com objetivo de reduzir a variabilidade da qualidade da celulose. O Metris tem nos auxiliado na construção de correlações entre os parâmetros de processo da fabricação e a qualidade final da celulose de modo que otimizem as condições de runability das máquinas de papel.”

© Suzano

Um dos processos de alto impacto, para garantir a qualidade da produção, é o de evaporação do licor negro na produção da celulose, para o qual Suzano e ANDRITZ desenvolveram um projeto de sucesso na padronização do controle da adição de vapor nos primeiros efeitos da evaporação, obtendo maior estabilidade da planta e redução do desvio padrão dos sólidos de queima nas caldeiras de recuperação em torno de 30%, gerando uma economia de R$ 300 mil/mês.

Essa parceria uniu o conhecimento técnico dos engenheiros, a participação da gerência e o conhecimento prático dos operadores da Suzano com os experts da ANDRITZ, tornando possível definir uma lógica de controle que, depois das etapas de planejamento e teste, conseguiu reduzir tanto o desvio padrão, como aumentar a média de sólido na caldeira.

Com as aplicações de Data Analytics do Metris UX, para a análise gráfica e acompanhamento de controles, e Machine Learning, que usa big data para fazer os estudos através de clusters, para encontrar oportunidades baseadas no histórico do processo de evaporação, somados a esse trabalho de parceria, elaborou-se a lógica principal para os algoritmos de controle nos evaporadores.

A lógica de controle definida teve como base principal observar a corrente elétrica das bombas que transportam o licor concentrado para a caldeira de recuperação. Também foram utilizados os dados do sólido de saída para corrigir a corrente de referência, usando as temperaturas do vapor gerado em cada vaso de evaporação, como informação de segurança, impedindo que ocorresse algum intertravamento no processo.

© Suzano

Ao longo do projeto, o aplicativo Data Analytics do Metris UX também foi usado para avaliar, acompanhar e validar a resposta dos controles, diariamente, para partir dos resultados de acompanhamento realizar as devidas modificações.

Além disso, “a aplicação de Machine Learning foi muito importante para validar a correlação das correntes das bombas de transferência, utilizadas na nova lógica, com o sólido de queima da caldeira e da evaporação, mostrando que essa correlação é válida para ser usada em controles”, conta Aline Martins, da ANDRITZ.

Marcos Donadio, Gerente de Recuperação e Utilidades na Unidade Suzano, conta que um diferencial importante para esse resultado foi “o acompanhamento e envolvimento da equipe de produção dando suporte para a equipe local da ANDRITZ, com feedbacks importantes para melhorar o algoritmo de controle durante a fase de implementação e testes.”

Essa colaboração intensa teve alto impacto no melhor uso da tecnologia, segundo Eduardo Correia, da ANDRITZ: “Tanto o time de engenheiros, como a gerência e a operação são muito próximos ao nosso time ANDRITZ. Temos uma ótima relação com todos, e um espírito de cooperação. Sempre estamos buscando juntos meios de melhorar os processos.”

Ainda para André Ferreira, Engenheiro Especialista da Suzano, a parceria na construção conjunta da solução foi determinante: “Efetuamos algumas reuniões com o pessoal local da ANDRITZ e exploramos alguns cenários de controle para a solução do problema do alto desvio padrão dos sólidos de queima nas caldeiras de recuperação. Após definirmos a metodologia de controle, planejamos a execução das etapas de implementação e testes”.

Todo esse trabalho de parceria, somados à tecnologia Metris UX, levaram a uma experiência que só fez jus a toda a história de inovação da Unidade de Suzano. Marcos Donadio comenta essa vivência: “Foi muito satisfatória pois, a cada reunião semanal de follow-up, podíamos enxergar as melhorias acontecendo, por meio de conversas de feedback com os operadores e a equipe local ANDRITZ.“

Com muitos planos para o futuro dessa unidade, o uso das tecnologias de Industrial Internet of Things - IIoT (internet das coisas para indústrias) não param aqui. “Iniciamos um projeto de otimização da vazão de vapor de sopragem nas caldeiras de recuperação e também estamos fazendo uso da tecnologia Metris UX para criar um painel de informações de sopradores que irá nos ajudar a avaliar problemas e dar suporte para a operação e manutenção na tomada de decisão ágil”, conta Donadio.

© Suzano

À frente dessa nova revolução industrial, Cláudio avalia como a tecnologia Metris UX tem auxiliado a planta a ter mais um diferencial competitivo em seu mercado. “A tecnologia Metris UX oferece várias ferramentas e alternativas para as análises e simulações de dados, o que facilita a busca por melhores resultados. Além da tecnologia, a proposta de trabalho de forma conjunta entre os times OPP e clientes gera uma união de esforços e sinergia com tremendo potencial para a geração de novos projetos e ideias, como por exemplo, melhorias de performance, redução de custos, redução de variabilidades de processo e ganhos de qualidade. Assim que um projeto é finalizado outro automaticamente inicia a implantação, gerando um fluxo virtuoso de melhorias contínuas.”

Além dos projetos da Evaporação, existem cerca de mais 40 projetos com a tecnologia Metris UX focando em otimizar os processos da Unidade Suzano, que com a parceria entre profissionais ANDRITZ e Suzano, movida a resultados, vai continuar fazendo história. Devido ao grande sucesso do projeto Willians Vicente da Silva, Assistente Técnico de evaporação 700, e Daniel da Silva Santana, Assistente Técnico de evaporação 900, juntaram-se a este projeto numa fase posterior.

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